Como Reduzimos um Relatório Power BI de 622MB para 282KB: Um Case Real de Performance, Boas Práticas e Escalabilidade
- dataside
- 29 de jul.
- 3 min de leitura
Sabemos que Business Intelligence de verdade não pode ser lento, pesado ou instável.
Relatórios precisam ser escaláveis, responsivos e fáceis de manter. E foi exatamente esse impacto que entregamos neste projeto com um cliente do setor corporativo. A Dataside oferece um Diagnóstico Técnico completo para localizar gargalos de performance, uso inadequado de DAX, falhas de modelagem, ausência de boas práticas e oportunidades de escalabilidade em relatórios Power BI.
O processo inclui análise técnica aprofundada, aplicação direta das diretrizes da nossa Wiki de Boas Práticas, incorporadas ao nosso dia a dia, e a entrega de um plano de ação personalizado focado em performance, governança e eficiência.
Durante a revisão técnica de um relatório crítico em Power BI, identificamos obstáculos que comprometiam performance e experiência do usuário, desde medidas DAX iterativas que percorriam tabelas inteiras (como FILTER e SUMMARIZE) até tabelas e calendários criados diretamente em DAX, além de colunas calculadas desnecessárias.
São problemas comuns, porém muitas vezes negligenciados em ambientes analíticos.
Diagnóstico: o que encontramos?
A análise do modelo revelou gargalos que prejudicavam a eficiência e a escalabilidade do relatório:
Medidas DAX complexas, duplicadas e com uso excessivo de funções iterativas (FILTER, SUMMARIZE, ADDCOLUMNS) aplicadas sobre toda a base de dados;
Colunas calculadas em DAX utilizadas em excesso, quando poderiam ser criadas e otimizadas diretamente no Power Query (linguagem M);
Ausência de padronização na nomenclatura de tabelas e campos, dificultando a leitura e manutenção do modelo;
Modelo relacional desnecessariamente complexo, com tabelas não utilizadas em visuais e dependências cruzadas sem propósito analítico;
Uso de tabelas inteiras e calendário criados diretamente via DAX, impactando o tempo de processamento e atualização do modelo.
Esse tipo de estrutura não apenas torna o relatório mais lento, como também dificulta atualizações, aumenta o consumo de memória e CPU, e compromete a escalabilidade e governança técnica da solução.

O que foi realizado?
Aplicamos as diretrizes da nossa Wiki de Boas Práticas, já integradas ao nosso fluxo de trabalho no DevOps, com foco em performance, padronização e manutenção contínua:
Reestruturação do modelo com reorganização e renomeação de tabelas para facilitar a leitura e o entendimento técnico;
Revisão e aplicação adequada do modelo estrela, com separação clara entre tabelas fato e dimensão;
Tratamento direto no Power Query para substituir colunas calculadas, reduzir granularidade (de diário para mensal) e eliminar etapas redundantes;
Documentação clara e objetiva das transformações no Pow er Query, facilitando futuras manutenções;
Redução de mais da metade das colunas de determinadas tabelas, mantendo apenas os campos relevantes para os visuais e medidas;
Desativação seletiva de atualização e carga em tabelas auxiliares, evitando processamento desnecessário durante as atualizações agendadas;
Centralização das fontes em Dataflows, com exceção de uma planilha Google Sheets mantida por necessidade operacional.
O resultado?
✅ Redução extrema do tamanho do arquivo: de 622MB para apenas 282KB, com compressão otimizada sem perda de informação analítica;
✅ Melhora significativa na performance dos visuais, com respostas muito mais rápidas mesmo sob filtros complexos ou múltiplos usuários;
✅ Modelo limpo, documentado, com etapas organizadas e DAX mais leve, facilitando a absorção pelo time interno, além de manutenções futuras e da evolução contínua do projeto;
✅ Estrutura preparada para escalabilidade, reaproveitamento em outros relatórios e integração com pipelines de atualização no serviço;
✅Redução do tempo de atualização agendada;
✅ Menor uso de memória e CPU, mesmo com múltiplos acessos simultâneos.
Por que isso importa?
Relatórios leves e bem construídos não apenas carregam mais rápido — eles melhoram toda a experiência analítica:
Menos consumo de memória e CPU;
Menos falhas em atualizações agendadas;
Mais facilidade para publicar, compartilhar e “versionar”;
Menor risco na manutenção técnica.
Mais performance para o usuário final, especialmente em relatórios com muitos filtros ou acessos simultâneos.
Governança, performance e DevOps: o tripé da nossa entrega
Esse case com o Cliente é apenas um entre muitos que reforçam nosso compromisso com excelência técnica, cultura de dados e governança em BI.
Na Dataside, cada projeto é uma oportunidade de gerar valor real através da inteligência de negócios, com leveza, método e impacto.
Quer acelerar seu ambiente Power BI com boas práticas de verdade?
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